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Revelações de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Revelações de Nosso Senhor Jesus Cristo.


por Daniela Suárez

"Para a maioria das pessoas que examina as escrituras, à primeira vista pode parecer que as mulheres seguidoras de Cristo Jesus foram tristemente ignoradas. Depois de um exame mais acurado, descobrimos
que essas mulheres desempenharam um papel preponderante nos Mistérios de Cristo. As mulheres desse período da história, nessa região do planeta, tinham uma posição social geralmente inferior à dos homens.
Por isso, a influência de Maria, mãe de Jesus, e de outras mulheres iniciadas é com freqüência difícil de se detectar.

Esse fator também é importante quando se trata de desvendar os mistérios a todas as pessoas. O papel feminino, que o Cristo Jesus ensinou e demonstrou, é poderoso, mas também muito sutil. O feminino
tem de ser buscado e manifestado em cada um de nós, tal como deve ser feito nos textos das escrituras. Apesar de muitos dos detalhes acerca das seguidores do Cristo Jesus não serem explícitos, nos livros
canônicos do Novo Testamento, nos textos que chegaram até nós e nos evangelhos apócrifos, podem se encontrar as peças que faltam.

Os conceitos tradicionais com relação à sensibilidade feminina, ensinados em todas as tradições esotéricas, também são encontrados na escritura moderna. As mulheres das quais temos alguma informação muitas vezes
demonstram uma força e uma coragem que permite que elas se arrisquem a dar novos passos na vida, e elas parecem fazer isso com mais facilidade que os homens.

As primeiras testemunhas da Ressurreição são Maria Madalena e Maria de Cleophas.(viram o Cristo ressuscitado). O aspecto intuitivo feminino tornou-as mais sensíveis ao poder oculto do evento. Isso fica ainda mais evidente quando os Apóstolos se negam a acreditar na história que elas contam. O aspecto masculino não pode ver com tanta clareza.

Joana é descrita nos textos de Lucas com uma mulher forte. Seu marido era um alto oficial da corte de Herodes, e ela o abandonou para seguir esse novo caminho. Ela deixou a antiga energia masculina para afirma a sua própria.

Há outras mulheres que demonstraram ter a mesma força interior, que lhes permitiu correr o risco de dar novos passos. Salomé, a mulher de Zebedeu, apresenta seus dois filhos ao Cristo Jesus para que sejam
seus discípulos (Estes são Tiago e João). Ela acaba finalmente por seguir seu próprio caminho nos Mistérios de Cristo. Houve " outras mulheres que se empenharam em ajudar Jesus e seus discípulos" (Lc 8:1-3)., uma delas foi Suzana. Maria, a mãe de Marcos, abriu sua casa em Jerusalém para o Cristo Jesus e para seus discípulos. Em sua casa seria realizada a última Ceia. Ela é um símbolo dinâmico da energia feminina atuando através do serviço ao próximo.

As escrituras nos falam  sobre as mulheres que presenciaram a morte de Jesus, mas não há menção de homens celebrando a força que provém das energias femininas da vida. Isso também é evidenciado na negação de Pedro. A expressão masculina de amor não foi suficiente para suportar as pressões do mundo exterior. O amor feminino interior é suficientemente forte.

È normal também nos perguntarmos porque tantas mulheres nas escrituras têm o nome de Maria. O aspecto mais exotérico está relacionado com o fato de tratar-se de um nome popular na época, entre os abastados e as pessoas da alta sociedade. No nível mais exotérico, pois nos chama a atenção para o significado, pois nos chama a atenção para o significado dos Mistérios femininos. Esse nome tem dois significados predominantes (myrrh) mirra ou, se remontarmos às suas origens , "do mar". As tradições dos mistérios de muitas  sociedades usaram o elemento água, o mar, como símbolo do Divino Feminino. Toda a vida surge do mar. O Grande Oceano do Divino dá nascimento ao universal. Das águas da vida vem o novo ser.

Maria, a mãe de Jesus, teve seu próprio grupo de discípulos, de cujo treinamento e desenvolvimento ela se incumbia mais diretamente.

Conforme a Tradição Rosa-Cruz, havia duas "Festas na Sala do Andar Superior", celebradas em aposentos contíguos. De uma delas participava o círculo mais íntimo do Cristo Jesus, e era presidida por ele. A  outra,celebrada pelo círculo mais íntimo de mulheres discípulas, tinha como anfitriã, Maria, a mãe abençoada, o masculino e o feminino reunidos para receber o último ensinamento sobre o processo alquímico da vida. (7 discípulas do apócrifo Sophia).

Ana, mãe de Maria, era versada na antiga tradição essênia, tal como Isabel, prima de Maria e mãe de João Batista. A visita de Maria a Isabel, no início da gravidez, reafirma a tradição feminina de muitas outras sociedades em que os Mistérios do nascimento e das verdades sagradas do período pré-natal eram compartilhadas entre as mulheres.

Havia uma essênia chamada Judite, que foi responsável pelos primeiros ensinamentos de Jesus acerca da tradição essênia.

Também há Maria Madalena. Ela é um símbolo dinâmico da transformação e da vida, que se inicia com a expressão natural das forças femininas.

Ele é um símbolo do movimento que todos podem fazer do nível mais baixo para o mais elevado. Portanto, é um modelo para o Iniciado de Cristo.

Nas escrituras também aprendemos sobre Marta e sobre Maria de Betânia. Eram irmãs, Maria é a idealista e símbolo do interior.(a abençoada, escolheu a melhor parte, conhecimento divino). Mara é mais prática e
reflete uma expressão exterior do Feminino. Ambos aspectos são necessários, o interior e o exterior e, portanto, eles sempre são mostrados juntos.

Maria, mãe de Marcos, ofereceu sua casa para a última ceia. Ela é um símbolo das energias femininas atuando dentro do campo do serviço.

Outra Maria, mulher de Cleofás. Ela se tornou um símbolo de força e de coragem no caminho da espiritualidade e testemunhou a ressurreição ao lado de Maria Madalena.

Depois temos o nome Marianne. Ela era irmã do Apóstolo Filipe. Ela teria feito o pão (um símbolo antigo das energias femininas) para a Ceia no Salão superior.

A última mulher mencionada pelo nome, nas escrituras, aparece quando o Cristo Jesus está carregando a cruz para a Gólgota. É Verônica que enxuga o rosto dele, deixando-o impresso no pano. Verônica é um
símbolo da energia etérica humana que tem de se tornar mais sensível (mais sintonizada com o feminino) para que a energia de Cristo se expresse. Só então a verdadeira visão é recuperada.

Nesse mesmo caminho até o Gólgota, o Cristo Jesus fala com um grupo de mulheres em prantos, depois de cair pela segunda vez. Esse evento simboliza o reconhecimento e a tristeza pela degradação do Feminino
Divino, mas também indica que é preciso extrair força do feminino, se o caminho completo de iniciação está se abrindo.

Por meio de todos os textos de Paulo e do livro dos Atos, aprendemos muito sobre mulheres que se tornariam discípulas e iniciadas nos Mistérios de Cristo depois da morte e da ressurreição. Algumas dessas
são Priscila, Cláudia e Lídia, a primeira discípula de Paulo.

Aprendemos sobre Lois avó de Timóteo e de Eunice, sua mãe.

Textos apócrifos fazem uma alusão a outras mulheres.

Os mistérios femininos continuam vivos, silenciosos, desenvolvendo-se e sendo gerados perpetuamente pelo mundo. Eles não foram relegados a um nível subserviente nos verdadeiros Mistérios Ocultos de Cristo.

Eles foram, isso sim, honrados, reverenciados e protegidos entre todos aqueles que se esforçaram para nascer outra vez, pois o nascimento nunca ocorre sem o masculino e o feminino.
Um não pode existir sem o outro".

(*) Este texto foi enviado por nossa amiga Rosangela Barreto (Rose), a quem agradeço a amizade e o carinho de sempre.

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