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“Procuram-se HIVs”

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Giba Net: “Procuram-se HIVs”

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

“Procuram-se HIVs”

Alertado pelo Lucho, em seu blog, tive conhecimento deste que é no mínimo uma das provas que o ser humano além de estúpido, é um ser que não tem limites para produzir sua própria destruição.
O fato é a realização de uma festa onde as pessoas se propõe a se relacionar sexualmente com desconhecidos, incluindo-se aí os soropositivos.
O Jornal do Brasil teve acesso a uma destas festas e a matéria que trata do assunto reproduzo abaixo:

“Procuram-se HIVs”. Impresso em um caderno de classificados dos jornais das grandes metrópoles, o anúncio não passaria despercebido. Do ponto de vista conceitual, HIV é uma sigla que desperta interesse e hostilidade, fascínio e medo, compaixão e ódio.
Estigmatizada até então como o acrônimo da morte, ela vem ganhando novos contornos etimológicos devido a um grupo de homens que praticam sexo com homens (os HSH), absolutamente crentes na teoria de que o vírus da Aids, se contraído numa relação sexual, pode trazer benefícios para seu cotidiano, libertando-o, de uma vez por todas, do uso do preservativo, aumentando o prazer, proporcionado uma liberdade só experimentada no auge da revolução sexual, na década de 70.
A teoria foi posta em prática. E tem nome: "barebacking" (derivado da palavra barebackers, usada em rodeios para designar os caubóis que montam a cavalo sem sela ou a pêlo).
O termo ficou conhecido internacionalmente como uma gíria para o sexo sem camisinha, praticado de preferência em grupo, em festas fechadas, por homens sorodiscordantes (HIVs positivos e negativos).
“Coisa de macho”, garantem os adeptos. O movimento cresce no Brasil, de forma assustadora, e tornou-se uma questão de saúde pública e motivo de preocupação social.
O Jornal do Brasil teve passe livre em dois desses encontros, batizados de bare party (festa bare).
É a primeira vez que um veículo de comunicação ingressa em reuniões nas quais o leitmotiv, ou fetiche, é praticar sexo com pessoas desconhecidas, que possam, acima de tudo, ser soropositivas. Às cegas, todos são guiados apenas pelo que sentem. E, para facilitar a comunicação, criaram um vocabulário próprio.
Festa da conversão
As orgias são chamadas de conversion parties ou roleta-russa. Entre os convidados, há os bug chasers (caçadores de vírus), o HIV negativo, que se lança ao sexo sem camisinha, e os gift givers (presenteadores), os soropositivos que se dispõem a contaminar um negativo.
São esses os responsáveis por entregar o gift (presente), o vírus. Quem participa de encontros bare confirma: o prazer sem barreiras é o que importa. Quanto à Aids, eles não encaram mais a doença como mortal, porém crônica, com tratamento à base do coquetel.
A contaminação, portanto, elimina o medo e apresenta uma perspectiva futura da naturalidade do contato pleno.
– Sou um barebacker assumido – dispara R. H., 31 anos, geógrafo e cientista social, com pós-graduação nas duas áreas.
– Eu odeio camisinha. Acho uma m... É terrível interromper o sexo para colocá-la. Acaba com o meu prazer. No mais, o bare, para mim, é um fetiche. Eu gosto, apesar de ter contraído o vírus da Aids numa festa. Mesmo assim, faria tudo de novo. Não me arrependo.
A declaração aterroriza, preocupa. E só mesmo ingressando no singular mundo dos barebackers para comprovar o que depoimentos, documentários, teses, livros e outros elementos que abordam o tema tentam desvendar ou explicar.
Na maioria das vezes, não conseguem. O que se testemunha numa festa bare está além da imaginação humana, supera os delírios e o surrealismo de Fellini em obras como Satyricon, ultrapassa a sordidez e o ceticismo pasoliniano em Saló ou 120 dias de Sodoma. Não há limites. De verdade.
A constatação pôde ser feita em encontros programados para homens de grupos sociais distintos. Na Ipanema da bossa nova, de gente chique “pulverizada” de Dior, Prada, Gucci, Kenzo, Gaultier e Armani, a reunião começa às 22h num casarão de uma das mais movimentadas e conhecidas ruas do bairro.
A mansão, de três andares, é fechada especialmente para a ocasião. O décor é sofisticado. No primeiro pavimento, paredes brancas contrastam com sofás vermelhos. TVs de plasma 42' exibem clipes de Madonna, Beyoncé, Cher, Christina Aguilera ou filmes com astros e estrelas de Hollywood.
As luminárias brancas rebatem a luz dicróica contra a parede, gerando clima de aconchego, e o bar, com bebidas importadas em sua maioria, está sempre livre. Ninguém fica sobre balcão. Não há tumulto. Claro, é uma festa para pessoas escolhidas a dedo, para poucos, no máximo 60 convidados, informados por e-mail.
Há regras, e elas são claras. É condição sine qua non ficar nu ou no, máximo, com uma toalha (cedida pela produção do evento) amarrada na cintura. Quem se recusa é convidado a se retirar.
Outra exigência: o sexo tem de ser praticado nos ambientes comuns de convivência. Ou seja, nada de se trancar em banheiro, em cozinha, em quarto. Ali, todos estão para ver e serem vistos.
E o ritual começa na entrada, quando os participantes tiram a roupa e guardam as peças em um armário, trancado com chave numerada. O funcionamento é semelhante ao de termas, masculinas ou femininas.
A medida, na verdade, serve para evitar a circulação com dinheiro e cartões de crédito. É precaução. Os que desejam consumir bebidas ou aperitivos, apenas transmitem ao barman o número assinalado na chave.
Os itens são lançados no computador e, no fim da festa, a conta é paga no caixa. O mecanismo lembra o adotado por boates e bares do eixo Rio–São Paulo, com suas tradicionais cartelas de consumação mínima. Só que numa festa bare, a bebida ajuda, os petiscos “fortalecem”, mas não são peças-chave para o divertimento.
Circulando pelos outros andares, a prova: na sala de vídeo, um jovem de cerca de 20 anos se entrega ao prazer, cercado por três homens.
Nenhum deles usa preservativo. A cena é chocante. O rodízio de papéis, durante o ato sexual, é comum nessas festas. Faz parte do jogo. O quarteto não frustra as expectativas dos voyeurs reunidos na porta da sala.
Como “astros do sexo”, diante de câmeras e de uma equipe de produção, atuam com vontade em uma performance longa, nada convencional, sem limites. Quem se propõe a ficar sob os holofotes sabe o risco que corre.
Mas é a sensação de perceber a adrenalina disparar e o coração bater aceleradamente devido ao unsafe sex (sexo inseguro) sem pudores e em público que os impulsiona.
Um deles podia ser gift giver e os outros bug chasers. Ou vice-versa. A probabilidade de o gift (o vírus) estar ali, entre eles, era grande. Ninguém se importava.
Quando terminou a primeira das muitas rodadas de sexo, o boy toy lover (brinquedo sexual) do trio foi jogar paciência em um dos quatro computadores, com internet liberada, instalados no segundo andar.
– As pessoas perdem a noção do perigo em busca do prazer – explica Jorge Eurico Ribeiro, 40 anos, coordenador de Estudos Clínicos da Fiocruz.
– E o conceito de barebacking se perdeu. Originária da Califórnia, a proposta é a de festas em que um ou mais participantes, sabidamente positivos, são convocados por um produtor para praticar sexo com os convidados sem o uso de preservativos. Todos têm ciência de que, na reunião, há portadores de HIV. O fetiche consiste exatamente na possibilidade de contrair ou não o vírus. Só que, atualmente, há quem acredite que as festas bare são simplesmente um evento para o sexo sem camisinha com participantes negativos, o que é um grande equívoco.
Ribeiro analisa que os barebackers que não apresentam o raciocínio da conversão imaginam, de fato, que, uma vez soronegativos, se limitarem seus relacionamentos com pessoas igualmente soronegativas, estarão fora do risco. Definitivamente não estão.
Há o espaço de tempo de variável (conhecido como janela imunológica) em que um indivíduo já contaminado pelo HIV pode ter resultados de exames laboratoriais de soronegatividade, ou seja, resultados falso-negativos. Testes HIV não são tão matemáticos como se supõe.
No Brasil, o obscuro universo do barebacking é pouco discutido publicamente por especialistas em sexualidade humana. Ainda não há estudo com precisão estatística sobre o número de praticantes, independente de orientação sexual.
No entanto, os relatórios do Ministério da Saúde com dados de infectados pelo HIV, de 1980 a junho de 2008, dão a pista. Os casos acumulados de Aids no país nesse período foram 506.499. Desses, 333.485 (66%) são homens e 172.995 (34%), mulheres. Em 2007, registraram-se 33.689 novos portadores.
Homo, bi ou hetero, todos praticaram sexo sem camisinha. A irresponsabilidade tem preço. E alto. Dos cofres públicos do governo federal saem cerca de R$ 1 bilhão por ano para tratamento exclusivo de soropositivos. Um paciente consome de R$ 5.300 a R$ 26.700 por ano. Cerca de 20 mil pessoas infectadas iniciam tratamento com anti-retrovirais no país, anualmente.
– Sinceramente, não me preocupo com essa questão e nem me sinto culpado. Não estou nem aí em ser um ônus para o governo – enfatiza R. H.
O Federal Health Research (centro de pesquisas de saúde), órgão governamental americano, divulgou recentemente a informação de que muitos homens com comportamento homossexual, bem como agentes de prevenção contra o HIV, confirmaram que a prática de sexo inseguro está se tornando cada vez mais comum.
Um estudo com 554 homens assumidamente homo ou bissexuais, residentes na Califórnia, apontou que 70% estavam familiarizados com o termo barebacking e que 14% já o haviam praticado, muitos em relacionamentos extraconjugais.
De acordo com a pesquisa, dos homens HIV positivos que participaram do estudo, 22% declararam ser barebackers e 10% dos negativos também tinham feito sexo inseguro nos últimos dois anos.
Não há informações sobre qual o número de pessoas em geral (homo, bi ou hetero) que pratica sexo inseguro nem sobre que motivos as levariam à auto-exposição.
Interesse dos jovens
Nas principais metrópoles, o fenômeno tem chamado a atenção de jovens. Comunidades sobre o tema se espalham por sites de relacionamento como o Orkut. No Rio e em São Paulo, a adesão ganha força.
Na indústria pornô, os filmes bare são os mais procurados. No YouTube, as postagens com cenas de sexo sem o uso de preservativos lideram o ranking das mais assistidas. Muitos dos que não praticam ou não têm coragem para fazê-lo buscam o prazer lançando mão de DVDs ou de vídeos na internet. O conceito de barebacking se dissemina.
– Colocar-se frente à possibilidade de contágio do HIV por meio do barebacking traz motivações psicológicas que podem ir do sadismo ao masoquismo. A possibilidade de uma relação sexual mais livre, com maior contato íntimo e afetivo pode estar encobrindo uma caráter suicida – avalia Paulo Bonança, sexólogo e psicólogo, membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana e da Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual.
Risco assumido
HIV positivo, o administrador T.W., 45 anos, ratifica a análise de Bonança. Para ele, os adeptos do movimento sabem os riscos da superexposição e, alguns, ressalta, desejam o contágio conscientemente:
– Quem pratica sexo sem preservativo não pode ser considerado ingênuo. Tenho um amigo casado com soropositivo. Ele pediu ao parceiro que o contaminasse. Disse que era por solidariedade, mas acho que é masoquismo.
As observações de Bonança e T.W. foram comprovadas pelo JB em outra festa com a mesma proposta. Dessa vez, na Zona Oeste, a mais de 60 km da reunião em Ipanema.
O encontro, realizado mensalmente em um sítio, é batizado de Vale Tudo e está em sua 17ª edição. De sunga, de cueca ou nus, exigência para entrar, os participantes se divertem ao som de funk. Dos inocentes à la Perlla aos proibidões, compostos pela “galera da comunidade”. Agora não há TVs de plasma, luz ambiente, bebidas ou petiscos sofisticados. Computador?
Nem pensar. É uma zona praticamente rural. O bar improvisado oferece cerveja em latão, sopa de ervilha, salsichão na brasa, batata frita na hora e campari. O sexo, claro, também é praticado sem timidez.
Na varanda do casarão, na sala, nos quartos, na piscina, na grama. O produtor avisa, na entrada, que os preservativos estão disponíveis.
Percebe-se o zelo pela prevenção. A maioria, no entanto, dispensa, sobretudo em se tratando de sexo oral.
As situações são muito parecidas com as da festa na Zona Sul. Geralmente, dois dão o sinal verde e, em poucos instantes, como num formigueiro, três, quatro, cinco ou dez estão reunidos em busca do prazer.
Há um ano e meio, Igor (codinome de J.C., 42 anos, professor dos ensinos fundamental e médio) produz em sociedade com Renato (A.F, 40 anos, militar), a Vale Tudo.
Garante que o encontro não incentiva o bare, é freqüentado só por maiores e que o uso de drogas é proibido. Esses são dois de cerca de 20 itens de uma espécie de manual enviado por e-mail aos convidados.
Ainda está registrado na mensagem:
- Sexo liberal entre todos. A formação de casais ou grupinhos é censurada. Estamos numa orgia e não num consultório matrimonial.
– Menor, cocaína, ecstasy, crack, maconha ou qualquer outra droga são vetados. Mas sempre há os que usam discretamente. Como posso controlar o que os convidados fazem? Se eu vir, peço que se retirem. Mas não vou colocar seguranças. Isso desconfiguraria a proposta da festa. São adultos. Cada um é responsável por seus atos – frisa Igor.
Mesmo sem ser em orgia, quem não usa proteção é 'barebacker'
A prática do sexo sem o uso de preservativo continua a conquistar novos adeptos. As campanhas milionárias do Ministério da Saúde sobre o tema não têm sido lá tão eficazes como deveriam.
E apesar do conceito de barebacking estar associado a orgias freqüentadas por homens que praticam sexo com homens, qualquer pessoa, independentemente de orientação sexual, que busca o prazer sem lançar mão de camisinha é um barebacker.
Também corre o risco de ser infectado, ainda que não seja um participante assíduo das conversion parties, as polêmicas e inconseqüentes festas de roleta-russa, nas quais os convidados brincam com a possibilidade de contrair o vírus HIV.
- Como expliquei, a conceituação de barebacking se transformou ao longo dos anos – ressalta Jorge Eurico Ribeiro, coordenador de Estudos Clínicos da Fiocruz.
– Todos os que praticam sexo sem preservativo, seja homo, bissexual ou hetero, podem ser considerados, atualmente, um bare.
Risco permanente
Ribeiro destaca a necessidade de de todos os que se lançam ao sexo sem camisinhas refletir sobre o polêmico tema e as conseqüências da prática. Os familiarizados com o termo e o movimento partem para o simples "sou contra" ou "sou a favor", estabelecendo-se, assim, dois lados que se mostram inconciliáveis justamente pela falta de consenso sobre a inconseqüência com que muitos homens praticam o unsafe sex. A discussão vai além.
- É importante se informar, pensar e decidir o que se pretende com isso. Ter uma vida saudável passa longe do exercício do bare. A decisão, claro, é exclusivamente pessoal. Da mesma forma que escolheram a orientação sexual, podem assim decidir o que fazer com o próprio corpo - assinala
Números divulgados pelo Ministério da Saúde sedimentam a análise do pesquisador. Em 1996, no Brasil, o índice de heterossexuais com mais de 13 anos contaminados pelo HIV era da ordem de 22,4% do total de 16.938 infectados.
Até junho deste ano, esse percentual saltou para 45,7%. Entre os homo/bissexuais houve uma redução de 32,5% (em 1996) para 27,4% (junho de 2008).
Preço mais alto
Garoto de programa desde 2005, Gabriel Chaves, 22 anos, afirma ser heterossexual e ter namorada. Mas assume que, quando um cliente oferece um valor maior do que o cachê estabelecido para praticar sexo sem preservativo, não pensa duas vezes:
– Tem uns que dobram ou triplicam o valor. Eu não tenho como recusar. Com mulher também é assim. Há homens que pagam mais para transar com elas no pêlo. É um risco, mas eu, por exemplo, procuro conversar antes e, aos poucos, perceber a qualidade do cliente – conta.
Gabriel não foge à regra dos barebackers e poderá fazer parte da estatística no futuro. Embora se autodenomine heterossexual, integra o grupo HSH (Homens que praticam sexo com Homens).
Há 12 anos, o percentual de HSHs infectados era de 24%. Uma década depois, em 2006, eles já somavam 41% do total de soropositivos naquele ano.
Aumento dos índices
Em 2004, a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas Sexuais do Ministério da Saúde apontou que o índice estimado de HSHs no Brasil, entre 15 a 49 anos, era da ordem de 3,2 % da população, ou cerca de 1,5 milhão de pessoas.
A partir dessa base populacional, a pesquisa calculou a taxa de incidência da Aids nesse grupo. Foram constatados 226,5 casos para cada 100 mil pessoas. Esse índice é 11 vezes maior do que o da taxa da população geral (de heteros), que é de 19,5 casos por grupo de 100 mil.
O crescimento no número de casos, sobretudo entre os homens, está relacionado ao fato de que toda uma geração, que jamais havia tido contato direto com a Aids, atingiu uma faixa etária sexualmente ativa. Bombardeados por campanhas em favor do uso do preservativo, acabaram desenvolvendo uma certa "imunidade" a elas, crendo que a doença não é um "bicho tão feito quanto pintam".
Quando remédio é desculpa para ficar doente
Difundida principalmente nos Estados Unidos (Califórnia, em primeiro lugar) e na Europa, a prática do barebacking é polêmica.
Os adeptos do bare alegam que, em função dos avanços atuais relacionados ao tratamento anti-HIV e à facilidade de acesso a ele, caso sejam contaminados não perderão em qualidade de vida.
- Temos os anti-retrovirais, medicamentos que inibem a reprodução do vírus e potencializam o sistema imunológico. Isso impede o surgimento de enfermidades oportunistas (Aids) - ressaltam.
Eles ainda defendem como ponto positivo para não abrir mão da prática o fato de a ansiedade e a angústia frente ao possível contágio pelo HIV desaparecerem, assim que se descobrem soropositivos. Isso é sinônimo de libertação, pois que o uso do preservativo passa a ser descartado.
O barebacker está à procura da relação sexual mais livre, com maior contato íntimo e afetivo. As conseqüências, no entanto, relacionadas à prática nem sempre se traduzem de forma positiva, como supõem seus praticantes. Anti-retrovirais não são os únicos responsáveis pela qualidade de vida de um HIV.
Quando expostos, de forma freqüente, a relações de alto risco, os soropositivos podem sofrer o que se chama de “recontágio”, uma nova contaminação, acarretando aumento da carga viral e desencadeamento de queda de imunidade e sintomas.
Além disso, têm grande chance de contrair outras DSTs, tais com sífilis. Isso, certamente, dificultará o tratamento.
“Montar a pêlo”, a tradução literal para barebacking, seria uma lenda urbana se não houvesse comprovação real da prática.
A terrível tendência de comportamento existe. Há, de fato, homens, na maioria homossexuais, que querem ser infectados pelo HIV e outros que têm o prazer de ajudá-los a tornar esse desejo realidade.
Psicólogos, antropólogos e sociólogos teorizam sobre distúrbios de comportamento ou disfunção social. Para o resto do mundo, não passam de estúpidos ou patéticos.


Não sei se me preocupo por saber que o gasto extra que esta turma causa ao poder público, Secretaria da Saúde principalmente, vai sair também de meu bolso ou se fico feliz em saber que tais imbecis vão viver menos que a média.
O fato é que enquanto muitos se preocupam em melhorar sua saúde, estes estão tentando piora-la, vai entender a cabeça destes sujeitos.
O texto original desta matéria é encontrado neste link:

'Barebacking' cresce no Brasil e torna-se caso de saúde pública

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13 Comentários:

Às 24 de fevereiro de 2009 às 22:23 , Anonymous Anônimo disse...

Gilberto,
... estou chocada e sem saber o certo o que dizer ...

preocupa-me o gasto extra ao poder público, preocupa-me o quanto de pessoas possam serem vitimas( até mesmo do sexo oposto) deles... preocupa-me sinceramente saber como caminha a humanidade,... enfim ,
não sei mesmo o que pensar estou com um nó no estômago
Eninha

 
Às 24 de fevereiro de 2009 às 22:33 , Anonymous Anônimo disse...

Eninha, na realidade o fato é tão ridiculo que é difícil não termos uma reação mista de surpresa e indignação.
E eles não estão nem um pouco preocupados com os impactos que suas atitudes terão na sociedade, estão preocupados apenas com seus umbigos.

 
Às 27 de fevereiro de 2009 às 09:30 , Anonymous Anônimo disse...

Isto é a prova cabal de que o mundo precisa de Deus no coração!

É tudo que posso dizer diante de tamanha banalização do ser e da vida...é puro egocentrismo.

Marcelo Lopes

 
Às 27 de fevereiro de 2009 às 11:54 , Anonymous Anônimo disse...

Marcelo, neste caso além da falte de Deus, falta cérebro também.

 
Às 24 de março de 2009 às 14:09 , Anonymous Anônimo disse...

É chocante, realmente. Eu já tinha lido sobre isto, há algum tempo atrás. Eu poderia fazer uma análise tanto do ponto de vista psicológico, quanto espiritual, mas vou me limitar a dizer que é o ápice da banalização do sexo.São pessoas sem amor à vida e sem respeito por seu próprio corpo.

 
Às 3 de setembro de 2009 às 09:40 , Anonymous Anônimo disse...

Indiscutivelmente, o sexo é um dos maiores prazeres que podemos desfrutar em vida. Mas daí a se chegar numa, digamos, banalização desta é algo que preocupa.

Custos financeiros de órgãos de saúde é fichinha, se atentarmos para um questionamento mais humanitariamente abrangente: As próximas gerações estarão em que nível de risco de contaminação, com este tipo de comportamento?

Ironicamente, talvez, alguém há de preconizar: Bons tempos aqueles em que os riscos do sexo sem segurança limitavam-se à velha gonorréia!

 
Às 23 de maio de 2010 às 14:00 , Anonymous Rose disse...

Essa matéria me fez lembrar ontem assistindo o jornal "Hoje" em que mostra jovens da classe média da região do Sumaré fazendo "barbaries" e a própria polícia passando sem nada a fazer.
Não tenho filhos e não vou tê-los, mas imagino os pais desses jovens como estão preocupados e sem tem a quem recorrer, porque se a própria polícia age desta forma, que mais esperar ?
Boa a matéria e real, infelismente.

 
Às 23 de maio de 2010 às 15:05 , Blogger Giba disse...

Rose, a polícia se comporta desta forma porque tem um grupo que se intitula "Comite de direitos humanos" que dificulta o trabalho das forças públicas e protege todos os tipos de criminosos.
Os pais também sofrem com as novas políticas humanistas, se um pai da umas palmadas no filho como corretivo educacional, como acontecia na época em que eu era criança, ele pode ser processado. Sem podder dar os devidos corretivos nos filhos, estes se sentem na liberdade de fazerem o que bem entendem.
Em nosso mundo tem coisas até piores.
Se eu for publicar tudo aqui, fica até deprimente.
Mas o que anima, é o fato de também haver muitas atitudes humanas luováveis.

 
Às 23 de maio de 2010 às 15:19 , Anonymous Rose disse...

Concordo Giba, só o fato de pubicar matéria informativas sobre o assunto já é um começo.
Sorte nas suas postagens e sucesso.
Abraço

 
Às 31 de julho de 2010 às 04:21 , Anonymous Jânio disse...

Olá Gilberto:

Eu sempre achei a liberação sexual, através dos tempos, um grande problema se combinado com o aparecimento da AIDS, com o aumento da expectativa de vida entre os soros positivos, os jovens passam a ser o grande problema, visto a quantidade de adolescentes grávidas, jovens traficantes, homicidas e suicidas.

Essa é uma realidade que eu não queria ver.

Excelente matéria.

ABS

 
Às 1 de agosto de 2010 às 02:13 , Blogger Silvana Marmo disse...

Giba, que susto...
Na Grécia e na Roma da Antiguidade, era absolutamente normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais jovem. Sócrates adepto do amor homossexual, pregava que o coito anal era a melhor forma de inspiração e o sexo heterossexual, por sua vez, servia apenas para procriar. Para a educação dos jovens atenienses, esperava-se que os adolescentes aceitassem a amizade e os laços de amor com homens mais velhos, para absorver suas virtudes e seus conhecimentos de filosofia. Após os 12 anos, desde que o garoto concordasse, transformava-se em um parceiro passivo até por volta dos 18 anos, com a aprovação de sua família. Normalmente, aos 25 tornava-se um homem e aí esperava-se que assumisse o papel ativo.
Enquanto as pessoas consideradas sadias se satisfazem sexualmente com outra que lhe atrai como um todo (físico, mente, intelecto e caráter), o fetichista se excita com apenas alguma particularidade desta pessoa ou, simplesmente, com um objeto que a ela pertence.
O comportamento homossexual é um fenômeno muito comum em várias espécies, desde minhocas, sapos até aves. “É óbvio agora que o comportamento homossexual se estende a vários outros além dos exemplos que conhecemos como golfinhos, pingüins, além disso, é quanto mais bizarro mais atraente para estas pessoas.
Mas eu gostaria de finalizar dizendo que sou uma pessoa dita normal, de uma época do amor livre a liberação sexual da mulher, entre outros, mas este texto me assustou, nunca tinha ouvido falar de nada tão bizarro.
Meu carinho

 
Às 1 de agosto de 2010 às 02:58 , Blogger Silvana Marmo disse...

Que tem que ser divulgado não se discute, o meu medo é fazê-la de forma a não estimular e acabar por virar modismo, voce já viu nas novelas, como voce comentou de Passione, quanto é insinuado uma relação sexual alguém solicitar a camisinha? Se a mídia mostra a banalização da mulher, o sexo livre, as relações homo ou hetero, por que não orientar quanto às doenças sexualmente transmissíveis e o uso de camisinha?
Acho que vou ter que pedir ajuda aos” universitários” pensar sobre como seria a melhor forma de abordagem deste tema. Pelos comentários pude observar que pessoas com bom nível de informação ficam sem ação imagina se o Datena revolve falar sobre este assunto ou a Luciana Gimenez, chego a arrepiar.
Voce disse que levaria a políticos, já imaginou uma pessoa levantar uma bandeira deste tipo? Eu estava observando sua discussão com o rapaz sobre os Jovens evangélicos vandalizam terreiro de umbanda e pude observar que uma simples colocação errada da minha parte (Ateu) mudou muito o rumo da discussão, por várias vezes me senti tentada a falar, mas me contive por não ter subsídios suficientes para discutir aquele assunto.
Todo cuidado é pouco.
Meu carinho

 
Às 1 de agosto de 2010 às 02:59 , Blogger Silvana Marmo disse...

Mandei para um amigo filosofo, muito inteligente, que sempre trabalhou com jovens e pedi a opinião dele.

 

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