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Carinhosamente, "Português" II

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Giba Net: Carinhosamente, "Português" II

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Carinhosamente, "Português" II

A senhora que assina é " camarada" da senhora Dulce Maia, terrorista, assaltante e homícida, que pertencia a um movimento criminoso, denominado VPR - e assassinaram o meu amigo ( ainda jovem) Alberto Mendes Jr. e muitos outros em nome da política sob a alegação do regime autoritário. Veja o artigo abaixo. Eu estava lá ! A senhora Dulce Maia, fugiu junto com sua parceira de crime: Selminha amazonense. O oficial em questão foi enterrado com os órgãos genitais guela abaixo e morto golpes a coronhadas. Não dá para esquecer. Eu assisti o gesto criminoso do desertor Lamarca e Dulce Maia, em 1970. Um dia da caça, outro do caçador !

Abraços,

Nelson Valente
Carinhosamente, "Português"

Em 21 de abril de 1969 – por estranha coincidência, dia e mês em que Tiradentes foi enforcado -, Mendes foi declarado Aspirante a Oficial da Força Pública do Estado de São Paulo, aos 22 anos de idade. Em 2 de julho de 1969, apresentou-se ao 15.º BPM - Batalhão Policial Militar, onde fora classificado devido a promoção.

Em 15 de novembro de 1969, foi promovido por merecimento intelectual ao posto de 2º Tenente, permanecendo naquela Unidade. Em 06 de fevereiro de 1970, deslocou-se para o Batalhão "Tobias de Aguiar" ao ser transferido por conveniência do serviço.

Logo à chegada, se entrosou com os novos companheiros, que lhe deram o carinhoso apelido de "Português". Alegre, sempre sorridente, dedicava-se com afinco ao serviço, desempenhando com galhardia todas as missões.

A emboscada

No final de abril de 1970, era descoberto o foco terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) no Vale do Ribeira, próximo ao Litoral Sul paulista. Tropas do Exército, da Força Aérea, Marinha e Força Pública do Estado de São Paulo, deslocaram-se para aquela região inóspita.Porque os assaltos eram sucessivos, não se tinha garantia de nada, matava-se por qualquer bobagem e corríamos o risco de uma guerra civil.

O 1.º BPM "Tobias de Aguiar", 7º BPM-Sorocaba ( Batalhão Escola na Formação de Soldados) - foram designados pelo Comando Geral da Força Pública do Estado de São Paulo, para prestar apoio à Companhia Independente com sede na cidade de Registro. Para lá seguiu o tenente Mendes no comando de um pelotão. Todos os policiais-militares daquele e de outro pelotão estavam subordinados ao capitão PM Carlos de Carvalho.Eu estava lá !

Após uma semana naquela cidade, o capitão recebeu ordens para regressar com um de seus dois pelotões a São Paulo, deixando em Registro apenas o outro, comandado por um dos oficiais à sua escolha. Não houve opção: Mendes apresentou-se e solicitou a permanência. Mais uma prova de sua dedicação ao serviço.

Por volta das 21 horas de 8 de maio, seis terroristas comandados por um desertor, covarde, assaltante, homicida, chamado Carlos Lamarca e atacaram de surpresa um dos postos guarnecidos por oito integrantes do pelotão remanescente, nas proximidades de Sete Barras. Começava uma cilada. Ao saber que aqueles seus soldados estavam feridos, o tenente acorreu ao local para lhes prestar socorro. Era o que os sicários de Lamarca queriam. Haviam mantido sob vigilância os PMs feridos para atrair seus companheiros. Assim, no total, puderam cercar 20 soldados.

Os assassinos

Sob fogo de fuzis FAL e metralhadoras por todos os lados, o tenente Mendes precisava tomar uma decisão: ou ordenava o cessar fogo e entregava-se sozinho, ou morreriam todos. Como autêntico líder, propôs aos gritos que ficaria como refém em troca da vida dos comandados.

No dia seguinte à captura do tenente, dois terroristas perderam-se pelo caminho. O grupo ficou reduzido a cinco elementos e Lamarca considerou os desaparecidos como mortos. Ordenou que o refém pagasse a "traição" com a vida.

Enquanto Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima vigiavam o prisioneiro, Lamarca, Yoshitane Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se. Constituíram o que chamaram de "tribunal revolucionário" e condenaram o tenente à morte.

Em seguida, Yoshitane Fujimore desferiu-lhe coronhadas de fuzil pelas costas. Caído e com a base do crânio partida, o tenente Mendes gemia e contorcia-se de dor. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe os golpes finais, esfacelando-lhe a cabeça. Ali mesmo, numa pequena vala e com os coturnos ao lado da face ensangüentada, o corpo foi enterrado.

Estes fatos só foram esclarecidos após a prisão do terrorista Ariston Oliveira Lucena, que apontou o local onde os despojos estavam enterrados. As fotografias tiradas do crânio atestam a violência desmedida. Ao saber do que acontecera, a mãe da vítima entrou em estado de choque e ficou paralítica por três anos.

Morte inglória

Descoberto o crime, a VPR – organização baseada na ideologia comunista – emitiu um comunicado "Ao Povo Brasileiro", onde tenta justificar o covarde e frio assassinato. Dele consta o seguinte trecho:

"A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado."

Alberto Mendes Jr. recebeu promoção "post mortem" a capitão.

Subliminar

Ninguém pode fugir à História. Clara ou oculta, essa "senhora", está presente em todos os nossos dias. Sempre considerado importante. Não só ela mas também esse cavalheiro, mais misterioso ainda, sem o qual ela não poderia existir: o Tempo.

Nelson Valente

Professor Universitário, jornalista, escritor e um amigo inestimável.

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2 Comentários:

Às 19 de agosto de 2010 às 20:29 , Anonymous Rose disse...

Giba, encontrei este registro interessante para complementar Nelson Valente.


TERRORISMO e AI-5
Elio Gaspari*
"Daqui a oito dias completam-se 40 anos de um episódio pouco lembrado e injustamente inconcluso. À primeira hora de 20 de março de 1968, o jovem Orlando Lovecchio Filho, 22 anos, deixou seu carro numa garagem da Avenida Paulista e tomou o caminho de casa. Uma explosão arrebentou-lhe a perna esquerda. Pegara a sobra de um atentado contra o consulado americano, praticado por terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária. (Nem todos os militantes da VPR podem ser chamados de terroristas, mas quem punha bomba em lugar público, terrorista era). Lovecchio teve a perna amputada abaixo do joelho e a carreira de piloto comercial destruída.


O atentado foi conduzido por Diógenes Carvalho Oliveira e pelos hoje arquitetos Sérgio Ferro e Rodrigo Lefevre, além de Dulce Maia ( * ) e mais uma pessoa que não foi identificada. A bomba do consulado americano explodiu oito dias antes do assassinato de Edson Lima Souto no restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro, e nove meses antes da imposição ao país do Ato Institucional nº 5. Essas referências cronológicas desamparam a teoria segundo a qual o AI-5 provocou o surgimento da esquerda armada.


Até onde é possível fazer afirmações desse tipo, pode-se dizer que sem o AI-5 certamente continuaria a haver terrorismo e sem terrorismo certamente não teria havido o AI-5. O caso de Lovecchio tem outra dimensão.


Passados 40 anos, ele recebe da 'viúva' uma pensão especial de R$ 571,00 mensais. Nada a ver com o Bolsa Ditadura. Para não estimular o gênero coitadinho, é bom registrar que ele reorganizou sua vida, caminha com uma prótese, é corretor de imóveis e mora em Santos com a mãe e um filho. A vítima da bomba não teve direito ao Bolsa Ditadura, mas o bombista Diógenes teve. No dia 24 de janeiro passado, o governo concedeu-lhe uma aposentadoria de R$1.627,00 mensais, reconhecendo ainda uma dívida de R$400.000,00 de pagamentos atrasados.


Em 1968, com mestrado cubano em explosivos, Diógenes atacou dois quartéis, participou de quatro assaltos, três atentados à bomba e uma execução.


Em menos de um ano, esteve na cena de três mortes, entre as quais a do capitão americano Charles Chandler, abatido quando saía de casa.


Tudo isso antes do AI-5. Diógenes foi preso em março de 1969 e um ano depois foi trocado pelo cônsul japonês, seqüestrado em São Paulo.


Durante o tempo em que esteve preso, ele foi torturado pelos militares que comandavam a repressão política. Por isso, foi uma vítima da ditadura, com direito a ser indenizado pelo que sofreu. Daí a atribuir suas malfeitorias a uma luta pela democracia, iria enorme distância.


O que ele queria era outra ditadura. Andou por Cuba, Chile, China e Coréia. Voltou ao Brasil com a anistia e tornou-se o 'Diógenes do PT'. Apanhado num contubérnio do grão-petismo gaúcho com o jogo do bicho, deixou o partido em 2002.

Rose*

 
Às 21 de agosto de 2010 às 04:40 , Blogger Silvana Marmo disse...

Olá Giba,
É tanta atrocidade que às vezes chego a perguntar, onde está a pureza que víamos no passado. Nossos olhos estavam vendados ou vivíamos uma fantasia?
Neste tempo o que eu via era justamente o contrario, os bandidos eram mocinhos e os mocinhos eram os bandidos. Parando para pensar acredito hoje que era tudo uma bandidagem só.
Meu carinho
Acho que enquanto acontecia tudo isto nós estavamos esperando o Papai Noel e o Coelhinho da Pascoa.

 

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